
Em suas análises pós-jogos do Sampaio Corrêa, sempre com a presença de um tom contundente nas redes sociais, o presidente Sérgio Frota, todo-poderoso dono de um resort de luxo em Barreirinhas, soltou mais uma de suas declarações bombásticas sobre o fracasso de décadas do futebol maranhense, que insiste em se arrastar como uma sombra de um potencial que nunca se concretiza.
Em uma tentativa de apontar culpados pelo atual cenário, Frota não teve receio de nomear quatro vilões da tragédia esportiva local, mas, curiosamente, esqueceu-se de mencionar nominalmente um dos maiores responsáveis por essa degradação: a própria Federação Maranhense de Futebol.
“Hoje, o futebol maranhense, em termos de clubes, imprensa, torcida (lá, público de 31.000 torcedores em uma 4ª feira à noite) e dirigentes, está longe, muito longe, da realidade de uma Série A”, disparou Frota, sem hesitar em culpar todos os outros, mas negligenciando completamente o papel crucial da FMF, que na prática, é a grande ausência quando o assunto é o fomento real ao esporte.
Frota, ao criticar o cenário atual, não pode ser desonesto ao ponto de ignorar que o empenho da FMF – é a base da estagnação. Enquanto o futebol maranhense agoniza, observamos na última semana investimentos milionários na vinda de um time sub-20 do Flamengo, pelo Campeonato Carioca, o que deixou os times maranhenses sem estádio disponível para jogarem. Essa foi a maior prova que o esporte local segue relegado ao segundo plano para quem deferir tornar-lo mais interessante.