
Após mais de uma década sem avanços reais para o futebol maranhense, o presidente da FMF, Antônio Américo, tenta agora colar sua imagem a um novo projeto: a instalação de uma fábrica de bolas da Topper no Maranhão. O encontro com um empresário foi divulgado com destaque nas redes da federação — reformuladas às pressas após o crescimento de críticas em veículos fora da tradicional “lista de pagamentos das sextas-feiras”.
A FMF diz que o projeto uniria esporte, emprego e desenvolvimento. Mas a movimentação soa mais como tentativa de reconstrução de imagem diante de suspeitas de desvios de recursos, supostamente operados por meio de um instituto paralelo à entidade.
Além das críticas crescentes, Américo aumentou sua lista de desafetos políticos. Um dos rompimentos mais ruidosos envolve Fernando Sarney, dono do Grupo Mirante e vice-presidente da CBF. Nos bastidores, fala-se em traição de Américo, o que teria estremecido de vez a relação. “Estranhamente a grande mídia esportiva local” não publica qualquer informação sobre a situação insustentável do mandatário.
O Campeonato Maranhense segue tecnicamente pobre, os clubes afundados em dívidas, e a base esquecida. A proposta da fábrica pode até ser positiva — se sair do papel. Mas, vinda de quem passou anos sem entregar resultados, parece mais uma cortina de fumaça do que um compromisso real com o futebol do Maranhão.