
A intervenção na Federação Maranhense de Futebol (FMF) começa a expor de forma clara o que vinha sendo denunciado há tempos pelo Agenda Esportiva, sites G7MA e BMAX SPORTS e as páginas Jogou Aonde Jogador, Futebol Amador e Footballtvslz. Em manifestação protocolada na Justiça, a interventora Susan Lucena Rodrigues revelou a existência de uma verdadeira engenharia financeira montada na gestão de Antônio Américo, marcada por confusão patrimonial e desvio de finalidade.
De acordo com a interventora, o Instituto Maranhense de Futebol (IMF) foi criado e operava como um “braço financeiro paralelo” da FMF, funcionando para movimentar recursos de forma obscura, escapar de bloqueios judiciais e comprometer a transparência da entidade.
Diante da gravidade, Susan pediu ao juiz Douglas de Melo, responsável pelo caso, o bloqueio imediato do Instituto e a transferência de todos os valores e ativos para as contas oficiais da FMF. A medida, segundo ela, é essencial para revelar a real situação financeira da Federação e interromper um ciclo de práticas que fragilizaram a gestão do futebol maranhense.
Na manifestação, foram anexados balanços contábeis da FMF de 2021 a 2024, além de documentos sobre dívidas fiscais e trabalhistas, reforçando o tamanho da crise herdada. Para Susan, apenas com a centralização dos recursos será possível reconstruir a gestão e recuperar a credibilidade institucionalda FMF.
O pedido integra a Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público do Maranhão, que aponta a antiga administração de Antônio Américo como responsável por uma série de irregularidades que colocaram em xeque a governança do futebol no estado.