
O ex-secretário de Flávio Dino e atual secretário-executivo do Ministério do Esporte, Diego Galdino, deve ser lançado candidato à presidência da Federação Maranhense de Futebol (FMF). A chapa tem como principal avalista o atual presidente Antônio Américo, que, mesmo afastado pela Justiça e desgastado por anos de críticas à sua gestão, tenta manter influência direta no comando do futebol maranhense.
No cenário político atual do Maranhão, Galdino é aliado do vice-governador Felipe Camarão, rompido com o governo Brandão. Ele, que já ocupou cargos de destaque no governo do Maranhão e foi secretário-executivo adjunto do Ministério da Justiça, surge agora como aposta de Américo para assegurar a continuidade do seu grupo à frente da entidade. A movimentação é vista nos bastidores como uma tentativa de dar “cara nova” ao projeto político de Américo, sem abrir mão do controle da federação. Chama atenção o fato de o nome escolhido ser ligado ao mesmo grupo político que comandou o Maranhão nos últimos anos.
O candidato a vice-presidente deve ser o vereador Zé Alberto, de Nova Olinda, apontado como principal articulador de Américo. Além do mandato parlamentar, ele também preside a Liga local, reforçando o peso da influência política na formação da chapa.
Pelas regras do estatuto da FMF, para que a chapa seja inscrita, ela precisa ser subscrita por 10 ligas municipais, dois clubes profissionais das Séries A ou B do Campeonato Maranhense e um clube amador.
Enquanto isso, a federação segue sob intervenção. Nomeada pela Justiça após o afastamento de Antônio Américo, a interventora Susan Lucena ainda não deu previsão de quando fará o chamamento para a eleição, deixando o processo em suspenso.
A possível candidatura de Galdino deve acirrar os debates sobre a necessidade de renovação no futebol maranhense, já que, para muitos dirigentes e torcedores, a FMF se tornou palco de articulações políticas que vão muito além das quatro linhas.
Nossa redação entrou em contato com Diego Galdino para ouvir sua versão sobre o assunto, mas ele não retornou as mensagens até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestação.